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Brasília foi um automóvel produzido de 1973 até 1982 pela Volkswagen do Brasil.
(Definido internamente como modelo/tipo "102") Foi projetado para
aliar a robustez do Volkswagen Fusca, um carro consagrado no mercado, com o
conforto de um automóvel com maior espaço interno e desenho mais contemporâneo.
Era um carro pequeno, de linhas retas e grande área envidraçada. Esse nome é
uma homenagem à então moderníssima cidade do Distrito Federal, fundada 13 anos
antes com o mesmo nome. O
Brasília foi o segundo carro da Volkswagen a ser projetado e construído fora da
matriz alemã, sendo o também brasileiro SP2 o primeiro.
Principais
acontecimentos em cada ano de produção:
1973
- O Brasília, carro de design 100% nacional teve seu lançamento oficial no mês
de junho (um mês depois do Chevette da GM -o maior concorrente durante toda a
carreira do Brasília). Vinha disponível apenas na opção de motor 1600 com 1
carburador. Opções de interiores preto (com piso cinza) ou todo em bege claro.
Lanternas traseiras com piscas laranjas, emblema traseiro "VW
Brasilia", grade do escapamento curta, volante tipo cálice igual ao do
Fusca brasileiro, calotas centrais das rodas na cor alumínio.
1974
- Mudança do volante p/ o modelo plástico chamado "canoa". Ainda
mantém lanternas traseiras com piscas laranjas, emblema traseiro "VW
Brasilia" e grade do escapamento curta. Dupla carburação passa a ser um
opcional, mas ainda muito pouco requisitado. O Brasília passa a ser produzido
(fabricado e não apenas montado) na fábrica de Puebla no México, com
significativo percentual de material local.
1975
- Lanternas traseiras passam a ter pisca vermelho e calotas centrais das rodas
(copinhos) mudam para a cor preta. Emblema traseiro "Brasilia" perde
o VW que o acompanha. Bomba manual do lavador de para-brisa passa a ser fixada
na caixa de roda ao invés de perto do piso. Grade do escapamento traseiro
aumenta de tamanho. Pisca alerta intermitente passa a ser item normal de série,
atendendo regulamentação do CONTRAN.
1976
- Dupla carburação passa a ser opção normal de série para todos os modelos.
Motor carburação simples convive junto da dupla por um curto período neste ano,
até sair de linha. Surgem opções de interiores com assentos e laterais de porta
em vermelho (muito raro) e marrom escuro (antecipando as versões
monocromáticas). Surge um novo concorrente de peso no mercado, o Fiat 147.
Neste ano é iniciada a fabricação dos modelos 4 portas, inicialmente apenas
destinados à exportação para a Nigéria (VW Igala) e Filipinas.
1977
- Ano de importantes mudanças em itens de conforto e mecânica. Na mecânica mudam
o sistema de freios (ganham duplo independente nos eixos dianteiro e traseiro),
cabeçote de chassis reforçado, tubo de segurança contra impactos frontais no
para-choque dianteiro, coluna de direção retrátil. Comandos do limpador passam
a vir em alavancas na coluna de direção, e os comandos da ventilação ganham
iluminação. Na parte de estética e conforto surgem as primeiras versões
monocromáticas (chamadas monocromáticas - por terem interior todo numa cor só,
piso em carpete e bancos com detalhe em veludo) com as opções castor (marrom) e
preto. Painel com acabamento imitação jacarandá na parte central. Instrumentos
com visual mais limpo com aros na cor preta. Na parte dianteira desaparecem os
"bigodes", que eram os frisos de alumínio que adornavam o logo VW. O
porta luvas ganha uma tampa pela primeira vez.
1978
- Primeira e única re-estilização na carroceria: capô dianteiro com 2 vincos na
chapa, para-choques mais largos com ponteiras quadradas em plástico, lanternas
traseiras maiores e frisadas (inspiradas nos Mercedes-Benz da época).
Desembaçador elétrico do vidro traseiro disponível como opcional pela primeira
vez. Continuam existindo as versões monocromáticas. Parte central do volante
(canoa) muda de desenho e recebe a inscrição "VW" no canto direito e
o acionamento do pisca deixa de ser por botão vindo a ser por alavanca na
coluna de direção.
1979
- Surge a versão LS, topo de linha, que traz como itens de série bancos
dianteiros com encosto de cabeça integrado, mini console no túnel, vidros
verdes, e acabamento sofisticado. Diferencia-se externamente das demais versões
pelos frisos externos nas laterais, rodas e molduras de farol na cor grafite. O
emblema traseiro "Brasilia" e "Brasilia LS" começa a ser
feito em plástico e tem fundo preto, assim como o espelho retrovisor em
plástico, que sucedeu o modelo "raquete" cromado usado até 1978.
Surge para venda no Brasil pela primeira vez a versão de 4 portas (antes
exclusiva de exportação), com acabamento pobre, motor 1600 de 1 carburador e
para-choques pintados invés de cromados, destinada ao uso de táxis e carros de
frotas públicas. Alças das colunas centrais passam a ser mais curtas. Filtros
de ar passam a ser do tipo "panela" visando reduzir o ruído interno
vindo do motor. Consagra-se como o carro mais vendido do Brasil no ano de 1979,
com mais de 150.000 unidades vendidas naquele ano.
1980
- Painel de instrumentos totalmente redesenhado, visando aproximar-se do
Passat. Os instrumentos são todos abrigados em um único quadro à frente do
motorista. Vacuômetro passa a ser disponível como opcional. Bancos dianteiros
mudam de formato e seu encosto de cabeça passa a ser separado do banco, podendo
ser removido quando necessário. Surgem o lavador elétrico do para-brisa e o
temporizador do limpador (opcionais). Versão LS perde as rodas na cor grafite.
Surge oficialmente a versão a álcool, com motor 1300 dupla carburação e
potência de 49 cv. Pelo seu alto consumo e baixo desempenho seria um fracasso
de vendas. Lançamento do VW Gol (mês de maio), um novo projeto da VW do Brasil,
que entraria na mesma fatia de clientes do Brasília.
1981
- Poucas novidades para 1981, como o volante herdado do recém chegado Gol e
melhorias nos materiais fonoabsorventes para reduzir ainda mais o ruído
interno. Na segunda metade do ano, as lanternas traseiras passam a ter piscas
na cor laranja.
1982
- Nenhuma novidade em relação ao modelo 1981, com exceção de poucas cores
novas. No mês de março encerra-se definitivamente a produção no Brasil. Nesta
época contabilizavam-se aproximadamente 950.000 unidades vendidas no mercado
interno e mais de 100.000 no exterior (sem contar as 80.000 unidades mexicanas)
o que a fez alcançar mais de 1 milhão de unidades produzidas. Fim da produção
do Brasília no México.
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