segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Stoll mais um VW com a mecânica ar.



Em 1949 a Hebmuller já estava de olho no segmento de veículos transformados e investiu no estudo de um modelo com o estilo "hard-top" (teto duro), ou seja, um VW com o teto em aço bem ao gosto americano do tipo ópera coupê, com a parte traseira bem pronunciada.


O veículo após estar pronto ficou aos cuidados de Paul Hebmuller, filho de Joseph Hebmuller, e isto despertou um grande interesse de aquisição deste belo Hebmuller coupê pelo senhor Bernard Reipenhausen, mas ao consultar a fabrica Hebmuller este recebeu uma negativa, já que a fabrica Hebmuller passava por dificuldades financeiras após um trágico incêndio. Mas isto não o desanimou e então foi à procura da Karrosserie Stoll GmbH na cidade alemã de Bad Naulein, que aceitou o desafio de fabricar um modelo com o desenho do coupê, e para isto foi adquirido um Volkswagen novo na concessionária Autohaus Sheller com o chassi 1-0391 065 fabricado em 15 de setembro de 1952.


Em comparação com o Hebmuller coupê, o Stoll coupê tem a linha do teto mais suave e arredondada utilizando o para-brisa original do VW, diferenciando do Hebmuller que tinha a parte superior do para-brisa reto, basculando para abrir, permitindo a ventilação interna, com os limpadores colocados na parte superior para permitir este recurso. O nariz de placa traseira do Stoll era mais largo e o vidro traseiro curvo e panorâmico derivado do sedan BMW 501.



Em 1969 o Stoll coupê foi vendido por seu primeiro dono e depois de algum tempo foi comprado por dois americanos em tournée na Europa, que precisavam de um veículo apenas para se locomover com um total desconhecimento da raridade que tinham em mãos. Assim o carro foi parar na Inglaterra em 1971 e nesta época já estava em condições precárias e foi passando de mão em mão e por fim foi comprado por Mr. Bob Shaill, a pessoa certa para restaurar e salvar o Stoll coupê 1952. Após longos 14 anos o carro finalmente ficou pronto e impecável, em estado imaculado tal qual saiu de fabrica, com o detalhe apenas da troca da cor original que era bege e verde, passando para o bege e marfim, dando um toque mais agradável de combinação de cores.


Entre vários passeios realizados por Mr. Bob Shaill o mais longo com este carro fez foi ir até a cidade alemã de Bad Camberg onde se realiza de quatro em quatro anos o grande encontro de Volkswagen Vintage vindos de todas as partes do mundo. Mas a história do Stoll coupê ainda estava por terminar... Durante três tentativas, saindo da Alemanha e indo para a Inglaterra finalmente o Doutor Bernd Wiersch, diretor do Volkswagen arquivos Wolfsburg Museum e seu engenheiro mecânico convenceram Mr Bob Shaill, que tão belo e exclusivo modelo único de fabricação deveria estar incluído no acervo do VW Museu permanecendo para todo o sempre.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Karmann Ghia - Dacon


O Karmann Ghia é um clássico atemporal de visual esportivo e elegante, e é considerado um dos VW mais bonitos de todos os tempos. Só que seu motor 1.2 de 30 cv não era exatamente dos mais empolgantes – mesmo com o 1.6 de 50 cv que veio em 1970, os 100 km/h ainda demoravam 23,8 s para chegar! Mas toda essa conversa muda quando o papo é sobre os Karmann Ghia da equipe de corrida da Dacon.


A história dos Karmann-Porsche começa em 1964, quando Paulo Goulart, dono da revenda Volkswagen Dacon, levou um Karmann Ghia com motor 1.600 de Porsche 356 C para competir nas 1000 Milhas da Guanabara. O carro, com Chico Landi ao volante, venceu a prova e inspirou o empresário a criar um braço de esporte a motor com o nome de sua concessionária – a Dacon Competições.
Representando oficialmente a Porsche no Brasil, a Dacon possibilitava a Goulart realizar certas extravagâncias. Depois de importar carros e componentes de Stuttgart, Goulart percebeu que era relativamente fácil fazer o up grades nos motores e transmissões Porsche nos carros da Volkswagen — os pontos de fixação e dimensões dos componentes eram todos semelhantes e bastavam pequenos ajustes. Sendo assim, não demorou para que quatro Karmann Ghia de competição equipados com os boxer da Porsche fossem montados — dois com motor quatro cilindros 1.6 de 120 cv, e dois com motor seis cilindros 2.0 de 200 cv! Os carros eram muito aliviados, tinham componentes de alumínio e de fibra de vidro, dispensavam os quilos e quilos de estanho usados no acabamento da carroceria do modelo de rua, e empregavam modificações nos freios e suspensão. Você também podia encomendar um Karmann-Ghia de rua com motor de Porsche na Dacon – até mesmo um Fusca-Porsche! Ah, eram mesmo outros tempos…
Os carros venceram cinco das dez corridas em que participaram nos anos seguintes. Entre os pilotos, nomes como Wilson Fittipaldi, José Carlos Pace e Anísio Campos. A equipe fechou após um desacerto com a Volkswagen em busca de maior apoio, e os carros foram vendidos a particulares — entre eles Emerson e Wilson Fittipaldi.






segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Fusca para os filhos

Imagine um pai apaixonado por Fusca.
Agora pense qual a estratégia que ele pode fazer para que seu filho siga seus passos.
Já que o garoto não pode dirigir um carro de verdade, melhor criar uma miniatura que funcione para a criança, não é mesmo?
Foi o que fez um engenheiro maluco norte-americano. Ele criou nada mais, nada menos, do que um mini Fusca para seu filho, com motor e tudo que tem direito. E ainda customizou o mesmo no estilo Rat Rod, sem para-lamas e com pintura na cor preto fosco.









A alegria do garoto de 5 anos é evidente, basta ver o sorriso e a pose do jovem ao lado do Fusca. E você, queria um brinquedo destes?

Fusca mais antigo ainda rodando

E um modelo Käfer 1942 do alemão Otto Weymann O carro de Otto Weyman começou sua vida como um destes veículos militares. De acordo com ...