Quando
o carro foi apresentado, rapidamente atraiu a atenção da mídia especializada.
Possuía um interior requintado, um acabamento de alto nível e muitas outras
melhorias em relação a linha VW a ar da época (superior inclusive ao outro
"esportivo" da Volkswagen na época, o Karmann Ghia TC).
O
SP1 logo saiu de linha, já na época do lançamento. Com sua baixa performance
(apenas 65 cv em um motor 1600), ele não agradou. Esse
problema viria assombrar o SP2 também. Na verdade, uma piada maldosa da época
dizia que a sigla "SP" significava "Sem Potência".
Logo
ficou claro que o carro, apesar de seu notável design, não conseguiria derrotar
o Puma na performance. Embora eles usassem um motor similar, o Puma era feito
em fibra de vidro, muito mais leve do que o aço empregado no SP2. Isso,
evidentemente, refletiu-se nas vendas, assim como o próprio anacronismo do
motor à ar na época. O preço do carro, empurrado para cima devido à produção em
pequena escala, também não ajudava (pelo preço do carro se comprava dois Fuscas
1300 na época). Assim, o carro saiu de linha em 1976.
Com
um total de 10.207 unidades fabricadas (670 deles exportados para a Europa), o
carro agora é valorizado como um item de colecionador e os preços de um
exemplar bem preservado podem ser bem altos.
SP3
Uma
tentativa de solucionar o principal problema do SP, a potência, foi o projeto SP3.
Seria basicamente um SP2, porém com um motor 1.8L dianteiro refrigerado a água
(AP), com taxa de compressão de 8,5:1, 100 cv SAE a 6000 RPM e dupla
carburação, "emprestado" do Passat TS . Embora na fábrica o projeto
não tenha passado de maquete, um protótipo chegou a ser construído pela
concessionária Volkswagen Dacon. Externamente, o carro tinha rodas pretas aro
13, tala 6, do Passat; as aletas de ventilação foram substituídas por discretas
fendas próximas à janela traseira, e uma grade preta (também do Passat) tomava
toda a extensão da seção sobre o pára-choque. O diferente do projeto original
da fábrica, o motor permanecia na traseira, junto com o compressor do ar
condicionado. O radiador ficava na dianteira, junto da ventoinha, e a conexão
com o motor se fazia pelo tubo central do chassis. Bancos e instrumentos Porsche
(a Dacon representava esta marca antes da "proibição" das
importações) compunham o interior, que recebia acabamento em preto. A
transmissão, a suspensão e os freios (discos na frente e tambor atrás) eram os
mesmos do SP2, porém recalibrados para a maior potência do carro. O protótipo chegava
a 180 km/h de máxima. Infelizmente, apesar do entusiasmo inicial que o carro
gerou, a firma decidiu que os custos necessários para se viabilizar a produção
seriam altos demais, e o projeto foi abandonado. A concessionária chegou a
oferecer o serviço de "conversão" dos SP2 normais para SP3, porém o
preço proibitivo (cerca de Cr$ 100.000,0o) esfriou as vendas. Atualmente o
projeto sobrevive em réplicas construídas por entusiastas, seja utilizando SP2
genuínos modificados ou seja construindo o automóvel inteiro em fibra de vidro.
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